.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Ator Tony Correia na Semana do Meio Ambiente

Clique em cima da imagem para vêla em tamanho maior e ler todas as informações:

Marcadores: , , ,

terça-feira, 6 de maio de 2008

a importância do seXo dos ronaldos

Não tivesse a humanidade mais problemas por resolver, Portugal e Brasil mais assuntos para discutir, se a vida estivesse para brincadeiras, quem ia aguentar a dissecação sobre a sexualidade dos dois jovens craques Ronaldo Fenómeno e o Cristiano, em plena idade para a coisa? No meio de outros tantos assuntos da pauta diária o tema já cansa, quanto mais se não houvessem tantos. Ou serão justamente as chatices da vida real que fazem com que necessitemos de discutir tão exaustivamente o sexo dos ronaldos, quanto mais detestamos isso? Vivamos então o impasse, relaxemos, gozemos e reflitamos, que isto é mais sério do que parece.

Não daria para proibir a mídia de se fartar com o comportamento "privado" das figuras públicas, que toda a gente logo iria para a rua em passeata, protestar contra a censura. E em última instância não daria pra tolher os consumidores de mais um ítem das suas extremas necessidades: o sexo dos ronaldos. Quem fabrica e vende a droga em forma de informação é culpado, mas quem consome é que patrocina. Eu particularmente não compro, mas leio "a fumaça" dos outros, pela experiência de entender o fenómeno - o jogo erótico entre a mídia e o público, bem explicado.

Maldição ou benção, O Brasil tem um Ronaldo, Portugal tem outro. Ambos por acaso são tudo de bom, "o melhor do mundo" para muita gente, no futebol e não apenas. Bons filhos, bons amigos e beneméritos. Um deles podia ser qualquer coisa que quisesse, pelo sucesso que já alcançou, o outro poderia se chamar apenas Cristiano que seria igualmente bom, mas não chegava. Quis o destino que ambos fossem "ronaldos", que se habituassem a ouvir apupos femininos e masculinos e a terem as suas vidas devassadas, assim como a vida de todos que tem a ver com eles. Não podem ser vistos com rigorosamente ninguém que não seja das relações habituais e de trabalho, que logo se transformam em assunto. Fofocas dão dinheiro a quem as faz, podem fazer aumentar o faturamento da "vítima", como podem causar prejuízos à mesma. Mas ao consumidor, dão prazer. E se forem verdadeiras, mais ainda, pois mesmo o consumidor de drogas não se deixa enganar por muito tempo com droga falsificada.

Quando o sexo dos ronaldos ultrapassa quatro paredes e invadem as páginas dos jornais e revistas, e viram assunto nas publicações mais sérias e éticas de todo o mundo, eles perdem dinheiro, pontos na fama de heróis, mas depois se levantam moralmente diante de nós e readquirem o nosso respeito. Porque ídolos nós construímos para olharmos um tempo para eles e depois deitá-los abaixo. Se resistem a nossa fúria, ganham vida e vêm habitar no meio de nós, passam a ser como nós: perfeitos. Há quem não se levante, quem não sobreviva ao estatuto de ídolo. Mas a mídia, no meio deste jogo, é apenas o que é: tudo, menos mentora.

Descuidados ou tramados, os ronaldos se dão mal quando saem da linha. O "à vontade", adquirido durante a passagem pelos grandes clubes europeus e grandes cidades com culturas mais abertas às diversidades comportamentais, podem ser o factor surpresa quando exercitado em casa. No Brasil, como em Portugal - e isto aqui cada vez mais parece um pedacinho de - o sexo e as outras relações fora dos padrões, excitam os ouvidos que todas as boas quatro paredes têm. E não adianta que se diga que escândalos e escorregadelas acontecem nas melhores famílias. Continuamos emperrados, a discutir o sexo dos ronaldos.

Já não se faz ídolos como antigamente? Ou a hipocrisia que permeou e ajudou a contruir a aura de Pelé nem chegou para o Maradona? O que é que está em falta no mercado? Ídolos de verdade ou ídolos de mentira? É possível existir idolos sem mentiras em volta ou sem verdades ocultas? O que anda em excesso por aí? Mentiras ou verdades a mais? Vejam o caso do Jardel, brasileiro e ex-ídolo de Portugal. Não importa as voltas que ele dê, os factos que produza, como ídolo já não convence, embora ainda possa vir a jogar em bons clubes de segunda, pois ele foi bom jogador. Foi, não é mais. Como ídolo já não se safa, mas como ser humano pode bem recuperar-se. O sexo do Jardel é outro e tanto a mídia como o público sabe disso. E a mídia entrou no novo milênio tirando a roupa a todos, cansada da velha lenda de que "os jornais mentem", revelando verdades em excesso que se atropelam e se embaralham, revelando que os ídolos são de barro, ou melhor, de carne e osso como nós. Dão certo e de repente podem já não dar. O sexo do Jardel é outro e ele terá que pôr muitos "pensos" à biografia e ter coragem para a reescrever.

Agora a "droga" dos ronaldos, que é também outra, rende escândalo, projecta pessoas, movimenta o tráfego de influências, abala a moral e os bons costumes, causa prejuízos, para já, não fazem mal à saúde. Não é certamente por excesso de sexo que o Fenómeno engorda, ou por excesso de namoradas que o Cristiano faz tantos golos na mídia. Ainda por cima, o sexo dos ronaldos daria um bom e divertido mote para uma campanha de prevenção às DST (doenças sexualmente transmissíveis). Imaginem um anúncio em que as personagens fazem sexo diversificado, surpreendentemente escandaloso, e ainda assim o máximo que lhes acontece em termos de saúde é uma lesão no joelho! Com camisinha, claro. Aliás, alguma marca de preservativos já pensou em batizar um produto com o nome de Camisinha 9? Atenção que se alguém copiar a idéia, vou cobrar direitos de autora.

Marcadores: , , , , , , , ,