O tempo e a distância não me fizeram esquecer este menino, que vi "nascer" para os palcos de Belém do Pará, vindo de Óbidos, com as melodias do rio Amazônas no ouvido revezando com o som do batuque dos tambores do Carimbó. Acompanhei Eduardo Dias, ainda a frequentar a faculdade de Letras e Artes da UFPA, aluno de Ruy Barata, se increvendo nos primeiros festivais de música paraense, compondo as suas primeiras letras e canções.
Através das suas interpretações pela noite de Belém, nos bares, nas praças e entre amigos, conheci quase todos os grandes compositores e poetas da Amazônia, que não tocavam naqueles anos 70/80, em que as rádios brasileiras tocavam música estrangeira mais que a nacional e as rádios paraenses tocavam música do caribe. Quando conto a alguém que cresci ouvindo merengue ninguém acredita. O carimbó eu só conhecia como uma encenação folclórica do meu bairro que também havia noutras cidades da região bragantina. Pesquisador dos rítmos e das lendas amazônicas, o menino Eduardo Dias, que eu juntei uma vez com os compositores que ele tanto admirava, no palco do Teatro da Paz, no início doa anos 80, numa produção minha do espectáculo musical Feira Paraoara, empenhou-se comigo, ele mesmo em convidar outros participantes e me ajudar, naquela que foi uma das tentativas de criar um horário de shows das seis da tarde em Belém. Com o tempo foi se pondo na roda entre eles e se impondo com a humildade que o caracteriza.
O já vencedor de alguns festivais Eduardo Dias, que tantas vezes me visitava na redação do caderno de arte e cultura do Diário do Pará para divulgar as suas apresentações, é o mesmo moço que vocês podem ver neste vídeo, cantando no programa Sr. Brasil e que já tem música gravada pela mais célebre cantora paraense, Fafá de Belém, só para citar um exemplo. É ele, pela ordem, poeta, compositor e intérprete de rítmos amazônicos, das toadas românticas - como Boto Moço, de Chico Malta, uma arenga com a lenda do boto - forró, carimbó e outros rítmos regionais. Vejam o site do músico: http://www.eduardodias.net/ ligado com o Portal de Óbidos.
A músicalidade Paraense vai além das fronteiras dessa imensa floresta Amazônica, é bom discutir e falar da boa música paraense... Ana umas das coisas mais facinantes da ... Música paraense e que ela recepciona diversas influências através dos séculos. No século XX pode-se perceber um delineamento de suas características e de sua peculiaridade. Alguns desses fazem parte dessa lenda; Altino Pimenta Alfredo Reis Arraial do Pavulagem Beto Barbosa Bob Freitas Calypso Cravo Carbono Dayse Addario Delinquentes Edyr Proença Fafá de Belém Gabi Amarantos Gisele Griz Jaime Ovalle Jane Duboc Leila Pinheiro Liana Gomes Lucinnha Bastos Maria Lidia Marco André Mahrco Monteiro Mestre Cupijó Mestres da Guitarrada Mestre Laurentino Mestre Lucindo Mestre Verequete Nego Nelson Nelson Neves Nilson Chaves Norman Bates Paulo André Barata Patricia Oliveira Pedrinho Cavalléro Pinduca Raimundo Satyro de Mello Ruy Paranatinga Barata Salomão Habib Santa'Ana Pereira Sebastião Tapajós Tynnôko Costa Vital Lima Waldemar Henrique Wilson Fonseca (Isoca) Ziza Padilha Parabéns pela linda matéria. Mauro Bicudo.
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A músicalidade Paraense vai além das fronteiras dessa imensa floresta Amazônica, é bom discutir e falar da boa música paraense...
Ana umas das coisas mais facinantes da
... Música paraense e que ela recepciona diversas influências através dos séculos. No século XX pode-se perceber um delineamento de suas características e de sua peculiaridade.
Alguns desses fazem parte dessa lenda;
Altino Pimenta
Alfredo Reis
Arraial do Pavulagem
Beto Barbosa
Bob Freitas
Calypso
Cravo Carbono
Dayse Addario
Delinquentes
Edyr Proença
Fafá de Belém
Gabi Amarantos
Gisele Griz
Jaime Ovalle
Jane Duboc
Leila Pinheiro
Liana Gomes
Lucinnha Bastos
Maria Lidia
Marco André
Mahrco Monteiro
Mestre Cupijó
Mestres da Guitarrada
Mestre Laurentino
Mestre Lucindo
Mestre Verequete
Nego Nelson
Nelson Neves
Nilson Chaves
Norman Bates
Paulo André Barata
Patricia Oliveira
Pedrinho Cavalléro
Pinduca
Raimundo Satyro de Mello
Ruy Paranatinga Barata
Salomão Habib
Santa'Ana Pereira
Sebastião Tapajós
Tynnôko Costa
Vital Lima
Waldemar Henrique
Wilson Fonseca (Isoca)
Ziza Padilha
Parabéns pela linda matéria.
Mauro Bicudo.
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Unknown, às 27 de janeiro de 2008 às 18:43
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