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quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Amizade é a minha mensagem de Natal em vídeo

Desculpem a qualidade reduzida das imagens, mas não era o momento para correr e ligar o equipamento. Gravei como pude, rápido para não perder o registro, com a web cam, que por acaso estava ligada, enquanto eu escrevia num recanto da casa, na aldeia, aonde gosto de levar o portátil e ficar trabalhando um tanto isolada. Cenas como a do vídeo acima acontecem muitas vezes pela casa onde moro, em Portugal, desde que, por força das circunstâncias tive que adoptar alguns cães e gatos abandonados, que procriaram e já vão na terceira geração. A quantidade de animais abandonados pelos donos, em todas as cidades portuguesas é incrível. Eu não tinha a intenção de me tornar criadora, no início apenas os recolhia, recuperava e dava-os a adopção. E assim faço, embora alguns tenham ficado por aqui.

Sempre que posso, que alguém se interessa, eu ofereço alguma cria e mesmo algum animal adulto recuperado das mazelas do abandono. Por vezes faço campanha na Internet e espalho cartazes de propaganda pelos municípios mais próximos de onde vivo, com o objectivo de encontrar boas pessoas que os queiram como amigos. Não foi o caso do gato Pixote, de 3 anos, e da cadela Loirinha, de 2 anos. Ele eu achei com uma irmã, jogados, ainda bebés, em um pinhal. Ela é filha de uma cachorra rafeira a quem dei o nome de Thuthuca, porque quando ela veio para esta casa, andávamos a ouvir uns CDs de funk carioca. Thuthuca é muito boa avó. Neste momento a minha fauna tem, além de milhares de passarinhos, 7 cães e 5 gatos. Já foram muitos mais. A Loirinha do vídeo cruzou com um pastor belga que encontrei na praia aqui próxima, a Torreira, e teve 8 cãeszinhos, que alimentou muito bem até aos dois meses - todos já foram adoptados devidamente. A irmã do Pixote ficou cega de um olho numa briga com outro animal, durante uma das voltas que resolveu dar pela vizinhança.

Durante o inverno eles a noite se recolhem e dormem todos numa casota muito grande, na verdade um armazém, forrado com palha seca e quente. Dormem em grupos de dois ou três, por vezes enroscados uns nos outros, cães e gatos que são. Durante um dia mais frio, gostam de ficar pertinho de um aquecedor qualquer. Podia falar ou escrever um dia inteiro sobre a minha experiência com estes animais, que por falta de tempo, para além do que já dedico a eles, são "obrigados" a conviver, comer, dormir e brincar juntos, sendo de diferentes espécies, raças e tamanhos. Sem se magoarem. São cães e gatos, e claro que desenvolveram um sentido de grupo e reagem não tão bem aos animais de outras casas que apareçam de repente. Mas, se entram em casa trazidos por mim, logo tratam de se adaptar.

Que Deus nos dê a todos, parentes, amigos de perto e de longe, saúde, paz, amor, dinheiro e tudo o que é bom, porque Deus pode tudo, acreditem. Façamos por merecer tudo o que temos e tudo o que queremos. Muitas amizades de cão e gato como esta para vocês, neste Natal, no próximo ano e sempre.

Ana Lúcia Araújo

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